domingo, 11 de setembro de 2011

RIO GRANDE DO SUL: PARADA ESTRATEGICA

Talvez as planícies dos pampas dessem mais visão aos gaúchos . Talvez as noites invernais, ao lado do fogo, da chaleira e a cuia de chimarrão os unissem mais. Talvez as campanhas abertas, os pampas lhes ensinassem mais a serem mais desprendidos e francos.

O gaúcho economiza em sofisticações desnecessárias e é liberal na simplicidade, na naturalidade dos quem tem auto-segurança, sem usar de muitos adornos sociais para reforçar as suas personalidades.

Também Bino notou o quão claro eles falavam. Parecia que ele estava escutando português em FM, com uma pronuncia compassada, quase que soletrada, com uma calma de mineiro e uma perfeição de imigrante relojoeiro.

Talvez a intensa imigração de diversos povos da Europa para o Rio Grande do Sul fez que naqueles Pampas de Babel, todos falassem um português o mais cla-ro pos-sí-vel, para facilitar o entendimento ao outro imigrante de diferente idioma, mas que também usava o português como língua franca, resultando daí o falar claro do sul-rio-grandense.

Bino se acostumou também ao jeito pau-sa-do e ca-den-ci-a-do  do Gaúcho falar, e de suas nuanças em seus falares locais,  cambiando entre o gaudério e o áspero, em situações  diversas e em querências distintas.

Outra coisa que Bino ficou fascinado era com o tal do “tchê”. E esta expressão estava indelevelmente associada em sua mente com o Guerrilheiro Cubano nascido na Argentina, seu pôster no quarto do Newton - e o seu desaparecimento.

Até então, para Bino, tal expressão era aplicável só para camaradas socialistas como o “Che Guevara”, mas com a “T” adiante, o tchê tornou-se Gauchês. 
  
Nas estradas do sul e desde que ele entrou no Rio Grande, esta expressão, tchê, começou a ter outra conotação em sua mente, ficando associada a carinho, amizade, calor humano e aconchego, parte da cultura do Tcheísmo.

O porongo ou cuia de mate, a arte de enchê-la de erva, os diferentes tipos de ervas, as bombas, ao tipo de bomba, o ritual do roncar do porongo e encher a cuia para o próximo, o “encilhar” do mate e a sensualidade de mãos nuas tocando a redonda cuia morna numa noite fria, tudo isto Bino via como a parte ritualística do Tchêismo e para ele era muito belo.
Ele sentiu pena dos muito brasileiros órfãos, que não tiveram a oportunidade de conviverem com aquela cultura.

Bino planejou descansar somente dois dias em Passo Fundo, lavar suas roupas secá-las e dobrá-las cuidadosamente na mochila, tentaria ganhar uns dois quilos dos sete perdidos, tomaria banhos quentes, longos e freqüentes, estudaria o mapa rodoviário e faria uma logística de estradas, de rotas alternativas até a Argentina.

No dia seguinte, Bino já tinha um plano de ação: Ele iria rumo oeste pela BR 285, pelas cercanias de Panambi ele rumaria sul pela BR 392 e pousaria na Universidade de Santa Maria, onde descansaria um dia e de lá tentaria de um só fôlego ir até Uruguaiana pela BR-158 e pelas bandas de Rosário do Sul se conectaria com a BR 290 indo direto ate Uruguaiana. Lá chegando, tentaria cruzar ponte internacional sobre o rio Uruguai que era a fronteira entre Uruguaiana, Brasil e Passo de los Libres, na Argentina.

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Paulo e Gundela convidaram Bino para jantarem um “prato típico” no apartamento deles no perto do campus e seria batatas com eisbein e sauerkraut e antes disso tomariam cerveja feita em casa e com wurst de tira-gosto.

Bino pensou que ficaria mais feliz com feijão preto, arroz, bife e batatinhas fritas, mas ele já havia notado que no mundo há vários tipos de comida e ele devia se habituar a tudo e, ademais, ele jamais iria ofender o prato “típico” que a Gundela queria fazer para o hóspede “mineiro” de Ouro Preto.

Paulo fazia a sua cerveja na cozinha e na sacada de seu apartamento, no terceiro andar havia uma barrica cheia dela. Tomaram vários Steins de cerveja e comeram tanto wurst frito na cebola que a Gundela dizia: – Olhe guris, guardem um pouco de espaço para a janta!
Nunca comida alemã desceu tão bem em Bino. Até o joelho do porco estava ficando bonito e o chucrute, doce. Depois, de sobremesa, veio uma linda cuca de morangos feita em casa, com sorvete de baunilha.

A temperatura esfriou e eles foram curtir o frio na varanda do apartamento,  tomaram um vinho, e ouviram muitas bossas novas, a Gundela colocou também musica da Bavária e tomaram mais vinho, e riram, e parecia que fechariam com chave de ouro uma das noites mais descontraídas na jornada do Bino.

Depois se provou o velho adágio que diz in vino veritas! Gundela contou algo sobre a sua família:

– Meu pai era Capitão do Exército. Era durão, mas justo e respeitado por todos. Ele pautava a sua carreira estritamente pelo código militar. Aí os milicos lhe convidaram a entrar no DOPS e na ocasião ele pensou que iria prender terroristas, mas cedo ele se decepcionou, e Gundela deu uma Pausa torcendo as mãos, e se recompôs e continuou:

– Ele era carinhoso em casa, abraçava a mãe e minhas duas irmãs e eu, mas ele foi  mudando, e começou a beber muito. Ele bebia até de manhã, ela disse abaixando a cabeça e limpando os olhos em seu avental, continuou:

 – Foi ficando quieto e desligado, continuou Gundela, há dois anos ele se matou dentro do escritório Central do DOPS em Porto Alegre, enquanto esperava instruções de um General sobre uma “Operação Especial”, na Capital.

– Note bem Vitali, continuou Gundela, – O Dr. André, o pai do Paulo, teve a sua casa invadida e toda revirada às duas da manhã! Eles não encontraram nada comprometedor e saíram frustrados. A Babuska, como nós chamávamos a Vó, a mãe do Dr. André, era de idade e quase teve um ataque do coração.

E Paulo continuou o relato:
– Vitali, a Babuska, que significava vózinha em Russo, começou a ter sonhos de que meu pai estava morrendo numa avalanche de livros. E para acalmá-la meu pai queimou todos os seus livros de história da Rússia e alguns eram do tempo do Czar.

Depois de dois meses deram outra batida em nossa casa de madrugada e cinco dias depois a Babuska morreu de um ataque do coração. E disse seco: esses macacos são uns filhos de umas putas

Paulo saiu quieto ao banheiro e voltou com uma garrafa de vinho, encheu sua taça e sem perguntar encheu todas as taças.
Houve um silêncio e Bino enfiou o rosto entre as mãos e assim ficou quieto, mordendo a sua língua.

Vitali, disse Paulo: – Se a Gundela não estivesse grávida, eu entrava na resistência.
– Pelo amor de Deus, Paulo, implorou Gundela, ai tu farias o mesmo que fez meu pai, mas ao inverso! Violência gera violência, tu sabes bem disto.
– Desculpe-nos Vitali. Você está aqui como nosso convidado, bebemos um pouco mais e começamos a falar muito...

– Sabe Vitali, disse Gundela, aqui a gente não pode desabafar. Nem aqui, nem em lugar nenhum. Agora tu és um novo amigo, carregas uma mochila, gaudério e todo faceiro conhecendo o mundo, aí a gente sentiu mais coragem para desabafar, entendes...
Bino levantou a cabeça de entre suas mãos e seu rosto estava coberto de lagrimas. Ele disse:

– Estou cansado de viver em mentiras, disse ele sério e também não sou gaudério: terminou o seu copo de vinho de uma só golada e continuou:
– Meu nome real é Bino Tedesco e ele começou a contar a sua estória bem devagar:
 – Por causa de um mísero pôster de Che Guevara, no quarto de um amigo que dividia o apartamento comigo no interior de São Paulo, eu ando fugindo para a Argentina e tenho os macacos atrás de mim. Alguns amigos que me ajudaram na fuga agora estão na lista negra dos macacos e um, seguramente, deve até estar morto.

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– Vitali – desculpe - Bino, eu creio que será melhor tu trocares de planos, disse Gundela apreensiva.
– Concordo plenamente com você, disse Paulo a esposa.
– E que devo fazer? Perguntou Bino.
– Deixe me ver a sua carteira de Ouro Preto.
Bino passou a carteira a Paulo e este a estudou longamente e disse: – Parece boa. Você é mesmo da Escola de Minas?
– Não, disse Bino eu sou estudante de engenharia, mas não de lá.
– Não passe tanta informação Bino. Mesmo aqui você tem que se policiar
– Paulo eu já estou cansado de mentir.
– Descanse Bino, e depois continue mentindo descansado, pelo menos durante certo tempo, e Paulo continuou: – Sabe Bino, creio que é melhor você pegar outra identidade estudantil?
 – Por quê?
– Suponhamos que você precisa mostrá-la. Com uma rápida investigação eles verificarão que você não estuda lá e você estará frito. Amanhã tiramos umas fotos e amigos de confiança lhe darão uma carteira com nome de uma pessoa que realmente estuda jornalismo aqui.
– E como eu vou justificar estar longe da escola?
– Ah você está de matricula trancada ou alguma coisa nesta área. Vamos fazer de você um colono da região, disse Paulo rindo.
Gundela adicionou, – Paulo, o Arthur está com a matricula trancada.
Paulo disse: É Bino, eu penso que seu nome agora será Arthur Lange.
– E esse tal Lange é também procurado?
– Que nada, ele é um boa vida – ele deve andar esquiando na Europa ou Bariloche..
– Vitali... Ah que hábito ruim. – Bino, tu tens contato lá na fronteira? Perguntou Gundela.
– Não sei ao certo. Eu tinha um número telefone, Gundela, mas em vista do que está acontecendo eu não sei mais de nada.
– Esqueça deles Bino, falou Paulo com firmeza. Eu creio que todo o seu esquema deve andar comprometido. Quem sabe se sob tortura alguém não deu com a língua nos dentes? Temos que procurar alternativas.

Bino pensou no Antônio e disse: – Bem sob tortura tudo e possível. Acho melhor fazermos outros planos, mas não sei o que pensar nesse momento.

O Paulo Lewaschin era bom em resolução de problemas, bem sabido em manipular papéis e tinha uma mente de mestre de xadrez. Ele pensava em tudo, em todos os detalhes e estava sempre vários movimentos a frente do Bino e Gundela. Analisou a situação de Bino sob vários cenários e tinha solução para cada situação e caso esta não desse certo ele tinha sempre um plano “b” alternativo para todas elas.

Naturalmente, era certo que Paulo andava fazendo isto antes; ele estava muito esperto, mas Bino nada perguntou e nem informações foram dadas.

Bino amanhã você vai sair do alojamento e escreva na portaria “Arroio Grande” como seu próximo destino. No caso de alguém se interessar por suas andanças, imediatamente eles vão pensar que você vai tentar entrar no Uruguai pela fronteira Jaguarão – Rio Branco. E deverão acreditar nisto mesmo porque Uruguai não está sempre recambiando refugiados políticos. Temos que esperar que as coisas se esfriem na fronteira. Mas vamos pensar no presente primeiro. Saindo do Alojamento ponha Arroio Grande como sua próxima parada.

– E amanhã, para onde eu vou?
– Calma Bino. Amanhã você sai de Passo Fundo oficialmente para Arroio Grande. Você andará até a rodoviária e eu estou lhe esperando em frente da igreja católica. Quase do lado da Rodoviária. Aí, eu ou a Gundela lhe pegamos lá e lhe trazemos de volta - e você ficará uns dias conosco, aqui no apartamento. Nada de campus.

Para que você não morra de tédio vamos levar você a alguns lugares seguros - mas para a Escola, você já foi embora.

– E a fronteira, quando cruzaremos?
– Cruzaremos no momento certo. Nós lhe levaremos até Uruguaiana, quando a coisa estiver mais fria. Você cruza a Ponte como se fosse um brasileiro da região. Gundela atravessa a ponte com a sua mochila no nosso carro. Aí ela lhe pega e você estará de volta ao velho plano. Paulo pensou em suas palavras e disse: – A propósito qual era o velho plano?


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Chegaram antes das doze com um amigo, comeram e depois o amigo da escola tirou
a foto de Bino para a carteira de identidade e o dia se passou sem nenhuma outra novidade.  Às oito da noite Paulo levou Bino para conhecer um CTG, um Centro de Tradição Gaúcha.

O CTG era colorado e se chamava Lalau Miranda, estava em dia de festa e muito animado. Bino pensava que conhecia algo sobre os gaúchos, mas lá ele viu quão ignorante ele era sobre a cultura daquele povo.

Havia todo o tipo de gente em trajes típicos andando ao redor de inúmeras mesas postas num amplo pátio, havia vinho em abundância e um cheiro de carne  assada na brasa permeava o local e dava fome a Bino.

As mulheres trajavam-se também a gaúcha. Algumas estavam com botas, vestidos rodados e compridos até os tornozelos, umas com tranças, outras de cabelos naturais e soltos; eram mulheres, em sua maioria, altas, bonitas e eram chamadas de “prendas”.

Algumas delas estavam de ponchos elaborados e finos, outras de lenço colorado e algumas a Anita Garibaldi, como adorno típico levavam  facas - não muito escondidas - nas botas ou na cintura, usavam diversos tipos de lenços vermelhos no pescoço, tinham vestidos compridos com elaborados cinturões de couro.

Os homens usavam  bombachas brancas, botas e cinturões adornados de prata, e freqüentemente tinha um revólver a cintura. Seus ponchos eram mais grossos de lã de ovelha, chamados de pala e também estavam de lenços colorados ao redor do pescoço e alguns presos por anéis de prata. Outros usavam um pequeno chapéu de feltro, geralmente negro, bem diferente dos que Bino já tinha visto.

As facas dos gaúchos tinham bainha de prata trabalhada e com motivos campestres e eles as usavam para cortar as carnes, que queimavam abundantemente em duas churrasqueiras enormes. Alguns carregavam até revólveres e depois o Paulo disse que para os CTGs, não havia problema em levar os revólveres, uma vez que eles estivessem descarregados.

A música era vaneirão e fandango, e algumas vezes um grupo de homens dançavam a chula, sapateando furiosamente num tablado. Mas também no Rio Grande do Sul da época se ouvia muito as músicas do Teixeirinha, que a propósito, disseram ao Bino que ele era também da região de Passo Fundo.

O churrasco era bem diferente do resto do Brasil: A carne era assada em porções enormes num fogo aberto na churrasqueira que parecia mais um braseiro em nível do chão; e aí, espetadas em estacas cravadas em ângulo no chão, havia cortes de carne de todos os tipos.

A faca dos Gaúchos do Lalau Miranda não era de adorno, pois nas mesas do CTG não havia facas; cada gaúcho usava a sua e com elas eles sempre tiravam um pedaço de carne do fogo para provarem e ninguém se importava porque havia carne de sobra.

Na cantina se vendia cerveja de barril e vinho em garrafões de cinco litros, quase todos estavam bebendo bem, mas o ambiente sempre familiar, tudo era tradição, era alegria, e fartura e aqueles CTGs, pensou Bino, poderiam ser os templos da Religião “Tchêísta”.

Ali no CTG, o falar Gaúcho era ainda mais compassado e cheio de ibérico. Várias pessoas passaram pela mesa do Paulo e Gundela, que também estava vestida de prenda. Na boa tradição do gaúcho interiorano, sempre antes de se apresentarem, começavam o “dedo de prosa” com um “Bueno” e freqüentemente agradeciam com um “gracias” e não faltava um “porongo” ou uma cuia de mate, tamanho família, para lavarem o bem fígado e eliminarem todo o mau colesterol antes de irem para as suas casas.

A Gundela tinha dado um lenço colorado ao Bino e aquele lenço no pescoço abria ainda mais a ele as portas da cordialidade. Alguns convidados passavam pela mesa deles, gastavam um dedo de prosa amiga com Paulo e Gundela, eram apresentados ao Bino, e outros até se sentavam a mesa e contavam um ou dois causos ao forasteiro.

Na mesa ao lado deles sentava-se o Paulo Roberto Pires e a sua linda esposa de cabelos negros, sedosos e compridos e de um sorriso enigmático. Ele era o Diretor do jornal O Repórter, de Passo fundo.

Conversaram bastante com os Lewaschins e o Bino; Paulo Roberto tratou Bino como um igual, como ele também fosse um jornalista, e mais uma vez ficou-se comprovado que o Tchêismo não era somente propriedade exclusiva dos Gaúchos mais simples, mas era generalizado até aos mais cultos e sofisticados.

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Ele ouviu estórias e historias de entreveros entre Colorados e Blancos.  No passado os Chimangos Republicanos, eram inimigos mortais. Os Chimangos usavam de lenços brancos, e os revolucionários Maragatos, eram os de lenços vermelhos.

Mas passadas as peleas antigas, agora, irmanados na cultura gaúcha, eles orgulhosamente ainda mostram as suas cores, em seus lenços nas suas festas e churrascos, - mas cada qual em seu CTG.

Para Bino a coisa agora não passava de uma rixa como a de Gremistas e Colorados sem maiores conseqüências - e com mortes muito esporádicas... Agora quase todas as manchas de sangue foram lavadas pelo tempo, e em Passo Fundo os Colorados seguem a tradição do Bento Gonçalves no Lalau Miranda e os Blancos as suas, em seu CTG, o Getúlio Vargas.

Agora todos eram somente gaúchos, uma gente altaneira de um bravo estado. Não sendo Bino do Rio Grande do Sul, pensava que ainda não sendo gaúcho, mesmo assim morreria cantando o Hino de Ataque dos Colorados. Bino iria morrer Colorado - e isto estava decidido e inegociável.

As cinturas das calças do Bino já estavam mais apertadas. É difícil se comer, ou beber, ou se divertir pouco no Rio Grande do Sul. A cerveja no Lalau Miranda rolava solta. Gaúcho não admite o copo, prato e a cuia de mate de um convidado ficar vazio. E quando se servia a carne era em grandes porções e num ritmo rápido e furioso, pensou Bino.

A cerveja começou pegar um pouco e Bino via as lindas prendas e os amigos gaúchos, crianças e velhos naquela linda coreografia de alegria; ouvia os risos, os sons, as músicas e os falares; cheirava os perfumes, o churrasco e a comida: Tudo naquela noite era bonito e o CTG Lalau Miranda era o céu na terra.

Calado ele olhou para o céu aberto com centenas de milhares de luzes cintilando sobre os pampas, e visivelmente ele delineou o Cruzeiro do Sul e sentiu um aperto no peito e disse para si próprio:

– Que pena. Ficaria feliz se a minha jornada pudesse  terminar aqui...

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