AS AGUAS DO GUAIBA
As aguas do Rio Guaiba sao frias e turvas
E para onde vão tenho medo de saber.
Porto Alegre, meu lindo colono-sofisticado,
Maltratado, um Israel assimilado, neurotico,
Simplorio, comedor de bolinhos de chuva,
Hóstias, cucas, presunto e bolinhas de Matzo,
Vila de cocktails literários, roncadora de
Cuias de Mate e mitos, arraigada a tradições,
Perdida em bares, confrarias e gente gentil
Numa multidão de psicanalistas perdidos que,
Esculpem tuas aparencias, castas e custos,
Baixo um céu imprevisível de nuvens confusas e
Gordas; e mesmo em teu Verao tu podes ser fria, distante,
porem tu és
Sempre faceira.
Ah, Velho Guaíba, para onde rolas tu?
Ontem te vi banhado de lua cheia que parecia
Uma prenda prenha, uma estranha imagem,
Sugerindo uma Pomba - Maragata voando
Entre nuvens lerdas, banhando em prata, os
Moinhos de Vento, encantando minha amada,
Cuidando do silencio da cidade que dormia em
Lamentos transmutados de risos-promesas a
Desperados orgasmos, lavando seu rosto em
Triste lagrima de prata, perdoando tua vida,
Rolando para o mar.
Meu Tche Guaíba, tu és lindo, tu és lerdo,
Escuro, sombrio, mas tu és promessa;
Depois da Rua da Praia, te estudei e com
Passos incertos, empurrado por torcedores,
Uns azuis outros carmesins, mas todos loucos,
Eu rolei lombas abaixo entre uma multidão de
Gente rodando, subindo e descendo, lembrando
Cachorros em cio, e eu perdido, sonhando
Contigo e revivendo a Lua- Pomba - Argentum,
Te banhando em prata e sombreando, afagando
O nosso ninho nos Moinhos de Vento,
Numa noite fria.
E temendo ser assimilado e mesmerizado por ti,
Busco o teu refugio, entre sonhos e assombros,
Ponderando se devo navegar-te fugindo ao mar
Ou subir-te ate tuas verdadadeiras vertentes, para
Encontrar-te pequeno e simples, límpido, potavel
E lá morrer em ti.
De: Sam de Mattos, POA, Verao 2007
As aguas do Rio Guaiba sao frias e turvas
E para onde vão tenho medo de saber.
Porto Alegre, meu lindo colono-sofisticado,
Maltratado, um Israel assimilado, neurotico,
Simplorio, comedor de bolinhos de chuva,
Hóstias, cucas, presunto e bolinhas de Matzo,
Vila de cocktails literários, roncadora de
Cuias de Mate e mitos, arraigada a tradições,
Perdida em bares, confrarias e gente gentil
Numa multidão de psicanalistas perdidos que,
Esculpem tuas aparencias, castas e custos,
Baixo um céu imprevisível de nuvens confusas e
Gordas; e mesmo em teu Verao tu podes ser fria, distante,
porem tu és
Sempre faceira.
Ah, Velho Guaíba, para onde rolas tu?
Ontem te vi banhado de lua cheia que parecia
Uma prenda prenha, uma estranha imagem,
Sugerindo uma Pomba - Maragata voando
Entre nuvens lerdas, banhando em prata, os
Moinhos de Vento, encantando minha amada,
Cuidando do silencio da cidade que dormia em
Lamentos transmutados de risos-promesas a
Desperados orgasmos, lavando seu rosto em
Triste lagrima de prata, perdoando tua vida,
Rolando para o mar.
Meu Tche Guaíba, tu és lindo, tu és lerdo,
Escuro, sombrio, mas tu és promessa;
Depois da Rua da Praia, te estudei e com
Passos incertos, empurrado por torcedores,
Uns azuis outros carmesins, mas todos loucos,
Eu rolei lombas abaixo entre uma multidão de
Gente rodando, subindo e descendo, lembrando
Cachorros em cio, e eu perdido, sonhando
Contigo e revivendo a Lua- Pomba - Argentum,
Te banhando em prata e sombreando, afagando
O nosso ninho nos Moinhos de Vento,
Numa noite fria.
E temendo ser assimilado e mesmerizado por ti,
Busco o teu refugio, entre sonhos e assombros,
Ponderando se devo navegar-te fugindo ao mar
Ou subir-te ate tuas verdadadeiras vertentes, para
Encontrar-te pequeno e simples, límpido, potavel
E lá morrer em ti.
De: Sam de Mattos, POA, Verao 2007
Nenhum comentário:
Postar um comentário